Filmes da Semana (19 de Fevereiro á 25 de Fevereiro)

The Artist

Corajoso, Amável e Overrated. São palavras que definem bem o filme.

Para fazer um filme desses nos dias de hoje, é necessário muita coragem. Acho que teria que refletir muito para pensar se ao menos teria publico. As pessoas hoje em dia tem uma mentalidade diferente, a grande massa não sabe precisar uma obra dessa. Mas pensamento bem, a grande massa não aprecia filme bom de qualquer forma.

A história é extremamente amável e te conquista. Seja pela atuação de Jean Dujardin, seja pelo cachorrinho, seja pela história, seja pelo contexto… é impossível ao final do filme (e algumas vezes durante) não aparecer um sorriso no rosto.

E por fim, overrated. Ok, o filme é muito bom, mas andam exagerando e muito por ai na minha opinião. Talvez por eu ser nova e não rolar aquele sentimento de identificação ou nostalgia, acabe tendo essa impressão que o filme é superestimado. Merece várias indicações pelas ótimas atuações (atuações sem voz exigem ótimos atores), pela coragem necessária, pela história… é algo que merece ser reconhecido. Mas o filme não é genial.

Os Descendentes 

Meu preferido até agora dos indicados a Melhor Filme no Oscar (Pois é, conseguiu ultrapassar o Meia-Noite em Paris). O que é engraçado, uma vez que eu não estava com a minima vontade de assisti-lo. Não sei porque, o poster, a sinopse, nada me fazia empolgar com esse filme. E foi uma maravilhosa surpresa.

Não acho que o papel exija muito de Clooney para ele chegar a merecer melhor ator, mais é fato de que ele está maravilhoso no papel, mas ainda assim prefiro o Jean Dujardin.

O filme é sensível e tocante, me lembrou um pouco o que Little Miss Sunshine me passou, então adorei. Adoro esses filmes que tem tudo para ser um dramalhão e conseguem ser leves e divertidos, sem esquecer o fator drama. Os personagens são muito bem construídos, a personalidade das filhas dele e do Sid foi muito bem pensada.

Uma boa história, com bons personagens. Não tão genial quanto Meia-Noite em Paris, mais muito mais ‘Oscarizável’.

War Horse

Preconceito. Estava cheia dele quanto a esse filme. Sem vontade nenhuma de assisti-lo, pois pensava ‘Que? Um filme sobre cavalo? Ew, deve ser boooring’. E no começo assim achei. E paguei com a língua. Maldito Spielberg, me fez chorar rios.

Não li o livro, mas imagino ele meio que em contos. Pois a história segue os personagens de onde o cavalo está. E são todas muito tocantes e emocionantes, e se encontram em um desfecho meio clichê e esperado, porém, não menos emocionante.

Eu amo filme de Guerra, fotografia impecável, com uma trilha perfeita de John Williams ao fundo. O filme é tecnicamente perfeito, o cavalo era maravilhoso. A direção dispensa comentários. Tenho um preferido a melhor filme, mesmo que não ganhe. Mesmo que não seja um filme ‘completo’, por não ter grandes atuações, me conquistou. Chorei mesmo!

Tinker, Tailor, Soldier, Spy

Filme de espionagem sem ação, inteligentíssimo e muito bom. Confesso que tive que analisar um pouco as situações apresentadas para entende-lo, pois sua história não linear e cheia de personagens confunde as vezes. Mas é sempre bom filmes que te façam pensar e não dão tudo mastigado. E o filme mesmo assim consegue ser interessantíssimo, não cansa e te prende.

O elenco do filme dispensa comentários. Um dos meus atores preferidos está nele (Colin Firth) e vários outros que gosto muito. Destaque para o Benedict Cumberbatch, que faz o Sherlock Holmes da tão comentada série inglesa, e que também está em War Horse. Foram dos filmes do moço no mesmo dia, está com tudo! Gary Oldman está incrível, mereceu a indicação de ‘Melhor Ator’. 

A direção de arte do filme é muito boa, o filme esbanja aquele charme que só os ingleses têm. A trilha também é ótima, não assisti ainda o outro comentadíssimo trabalho do diretor ‘Deixa Ela Entrar’, mas pelo que falam e por esse filme, o diretor ainda fará muita coisa boa!

E ah, preciso ler o livro. Não somente esse, mais ler muito Le Carré. =D

HUGO

Mudei de novo de preferido a melhor filme. Mas agora, nenhum superará esse. Hugo é perfeito. Um tributo a história do cinema feito de forma impecável. Não sabia que o filme tratava sobre Méliès, quando vi o desenho e percebi que se era sobre Le Voyage dans la Lune, deu um frio na barriga…

O filme mostra o inicio da magia do cinema, ainda citando grandes clássicos da literatura e ainda tem espaço para poster de filmes da época em que o filme se passa, eu pausei na hora que ele vai no cinema e fiquei apreciando os poster que estão por lá. Chaplin <3

Eu que amo o estilo Steampunk fiquei hipnotizada e maravilhada com todas as engrenagens do filme, e o ‘robô’… tudo muito lindo. A fotografia é perfeita, a direção de arte, a trilha, o roteiro, a direção, os atores… estou totalmente maravilhada com filme! Melhor filme tem que ser assim, completo, como Hugo é!

Extremely Loud and Incredibly Close

Eu deixei esse filme para assistir por ultimo, dos indicados a melhor filme, pois as opiniões sobre ele eram divididas, e eu não estava esperando muito. Mas o filme é muito bom, me emocionei muito e o menininho é um ótimo ator e não é nada irritante como li por ai. A competição de melhor filmes desse ano está difícil, não mudo meu voto para Hugo, mas esse daqui é com certeza meu segundo preferido dos indicados.

Eu gostei do jeito do personagem ‘Oskar Schell’ e como ele desenvolve o relacionamento com todos ao seu redor. Seja com o ‘Inquilino’, com sua mãe, com sua vó, com sua mãe ou com qualquer um dos Black, é impossível não criar simpatia pelo menino a procura de algo que o aproximasse mais do pai.

Uma história de superação de medos, emocionante, e que ensina que as vezes, quando perdemos algo, o melhor que podemos fazer é aprender a viver sem aquilo e nos tornar mais fortes, sempre lidando com as dificuldades e medos. É encantador.

My Week With Marilyn

Michelle Williams brilha no filme. Sou leiga quanto a vida de Marilyn Monroe, mas ela era mesmo chata assim ou foi o filme que não sobre mostrar ela como realmente era? Seja como for, para uma pessoa que não sabe muito sobre, ficou a impressão de que Marilyn era insuportável, e que Michelle a interpretou primorosamente. Não conseguia reconhecer a Michelle ali, para mim, era a Marilyn.

O filme é legal, é visualmente muito belo, com cenários e figurinos muito bonitos. Mas fora a Michelle, não tem nenhum destaque de atuação, ela leva o filme nas costas, e a impressão que fica que o filme é bom por causa dela, que o resto fica apenas no ‘belo’ e ‘razoável’.

Mas, acho que talvez fosse para ser assim, pois assim só temos olhos para Marilyn, e afinal, o filme é sobre ela né? É ruim ver a maravilhosa Judi Dench de coadjuvante totalmente apagada. Mas não era assim que todos verdadeiramente se sentiam? Apagados ao lado da bela e insuportável Marilyn Monroe?