A Room with a View e o Controle dos Sentimentos

domingo, 8 de maio de 2011



“Eu gosto de você. Mas não posso gostar, tenho meus motivos, então não vou gostar”. Quanta tolice contida em uma mesma frase. Alias, não é só tolice que essa frase expressa, mas sim uma pessoa mal resolvida e que não tem uma boa visão da vida. Mas o pior, é que esse tipo de pessoa sim, existe.

Eu estava com minhas duvidas se isso poderia ser uma frase real, ou apenas uma desculpa mal dada e mal pensada por uma pessoa tola. Mas após assistir “A Room With a View”, eu tive certeza: sim, existem pessoas que acham o sentimento é algo que pode ser racionalizado, e controlado por elas. Adivinhem só o obvio agora? Sentimentos não podem ser controlados.





Dizer que não gosta mil vezes, mesmo você gostando, não vai fazer você deixar de gostar. Dizer mil vezes a mesma mentira não a torna uma verdade. Ou como no filme, você ocultar, achando que não dizer em voz alta vai fazer simplesmente não existir. Você só irá mentir para todos a sua volta, magoar algumas pessoas e o pior: você irá enganar a si mesmo.

Então, se a vida te der uma oportunidade de encontrar alguém que você goste, que você se interesse, se aproxime e não tenha medo do que venha sentir. Por mais que você possa ver o amor como algo ruim (coisa que não é), há males que vem para o bem, certo?



E quanto ao filme, é um filme com uma fotografia belíssima, se passa no interior da Inglaterra. A Helena Bohan Carter está lindinha e convincente como uma jovem confusa e apaixonada.  O filme tem uma pegada de livro, separado por capítulos com nomes bem legais. E os créditos iniciais dão nome do personagem e algo como se fosse uma pequena descrição. Para os apreciadores de um bom romance inteligente e sem melação, recomendo!

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